Transtorno de Ansiedade Social: Sintomas, causas e tratamento

transtorno de ansiedade social

Públicado em: 13 de julho de 2022

Última Atualização em: 13 de julho de 2022

transtorno de ansiedade social é uma realidade que atrapalha a vida de muitas pessoas. Exige acompanhamento psicológico e, inclusive, psiquiátrico, visando promover a qualidade de vida do indivíduo. Pensando nisso, desenvolvemos este conteúdo com uma série de informações importantes sobre o assunto. Confira e saiba mais!

O que é o transtorno de ansiedade social?

O transtorno de ansiedade social pode ser caracterizado como um medo persistente e intenso de situações sociais. Isto é, um indivíduo com TAS pode sentir uma ansiedade irracional causada pela interação social. É o caso de pessoas que têm medo de conversar, interagir e se relacionar com outros indivíduos. Esse tipo de relação pode causar constrangimento, medo, ansiedade, angústia e outros sintomas intensos que fazem com que o indivíduo comece a se isolar cada vez mais.

O TAS está associado a taxas elevadas de evasão escolar, além de estar envolvido com prejuízos no bem-estar, na vida profissional, na produtividade e na qualidade de vida como um todo. Por isso, a busca pelo tratamento adequado, em uma clínica psiquiátrica e consultório psicológico, é de suma importância.

Quais as causas do transtorno de ansiedade social?

O transtorno de ansiedade social pode ser considerado como um problema multifatorial. Dito de outro modo, diversas circunstâncias, contextos e interações podem provocar o transtorno no indivíduo. Entretanto, algumas situações podem ter um papel importante no desenvolvimento do quadro. São elas:

  • História infantil de inibição social.
  • Timidez excessiva na infância.
  • Experiências traumatizantes e impactantes.
  • Experiências humilhantes, como bullying.
  • Mudanças repentinas que exigem novos papéis sociais. Exemplo: casar-se com alguém de classe social diferente.
  • Medo da avaliação negativa, que aos poucos evolui para uma ansiedade.
  • Maus-tratos na infância.
  • Interação gene-ambiente.
  • Entre outras questões.

Quais os sintomas do transtorno de ansiedade social?

Os sintomas podem ser variáveis, no sentido de intensidade, de acordo com a singularidade de cada indivíduo. No entanto, podemos detectar alguns sinais que, durante a avaliação médica, podem denunciar o quadro. São eles:

  • Medo ou ansiedade que são acentuados quando o indivíduo é exposto a situações sociais nas quais é possível haver a avaliação por outras pessoas. Exemplo: Conversar com desconhecidos e pessoas não familiares, ser observado, proferir palestrar, manter uma conversa, etc.
  • O indivíduo pode ter medo de demonstrar a sua ansiedade.
  • Comportamento de submissão, em alguns casos.
  • Postura corporal rígida e contato visual inadequado.
  • Timidez excessiva em algumas situações.
  • As situações sociais, dos mais diversos tipos, costumam provocar medo ou ansiedade.
  • O indivíduo começa a se isolar, evitando situações sociais por medo.
  • Medo de ser rejeitado pelos outros.
  • O indivíduo pode evitar beber, comer, falar, escrever ou apontar em público por medo de estar, o tempo todo, sendo julgado.
  • O medo costuma ser desproporcional à situação.
  • Preocupação excessiva com o desempenho.
  • Prejuízos na vida profissional por conta da esquiva social.
  • Medo de ser julgado e avaliado negativamente.
  • Medo de ser visto como débil, ansioso, maluco, etc.

Os sintomas devem perdurar por, pelo menos, 6 meses. Além disso, jamais faça um autodiagnósitco e procure ajuda profissional caso detecte sintomas em você. O ideal é conversar com especialistas para saber mais sobre o assunto, buscando o suporte mais adequado. O mesmo vale para a automedicação: em casos de crise de ansiedade, não se automedique. O acompanhamento médico, nesse caso, é de suma importância.

Quais os tratamentos para transtorno de ansiedade social?

Os tratamentos mais conhecidos para o transtorno de ansiedade social são: tratamento farmacológico e psicoterápico. Entenda um pouco mais sobre cada um deles:

Tratamento farmacológico

No tratamento feito em adultos, diversas classes de medicações têm se mostrado efetivas. O fármaco administrado dependerá do quadro, dos sintomas e da história clínica do paciente. Isso porque o indivíduo poderá receber a prescrição de antidepressivo “como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs), inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) e outras classes de antidepressivos, assim como benzodiazepínicos e determinados anticonvulsivantes” (ISOLAN, PHEULA & MANFRO, 2007).

Cabe ao médico psiquiatra prescrever o medicamento mais alinhado às necessidades do sujeito. Por isso, é fundamental que o indivíduo encontre uma clínica psiquiátrica de qualidade, que possa oferecer a ele o suporte e o atendimento personalizado e humanizado. 

Tratamento psicoterápico

A psicoterapia também tem um papel bastante importante no tratamento do transtorno de ansiedade social. Por meio dela, o indivíduo tem a chance de se aprofundar em si mesmo, conhecendo potenciais causas, gatilhos e eventos envolvidos com os sintomas do TAS.

Além disso, as emoções também podem ser trabalhadas e melhor compreendidas, visando dar autonomia ao sujeito e autocontrole. O processo não possui um número fixo de sessões, pois cada caso pode exigir uma postura diferente do profissional.

A busca pela psicoterapia pode fazer toda a diferença na saúde mental do sujeito e, por isso, é tão recomendada em casos de TAS diagnosticado.

É possível internar alguém com transtorno de ansiedade social?

Uma pessoa com transtorno de ansiedade social merece receber um atendimento multidisciplinar para resgatar a sua qualidade de vida. No entanto, o TAS em si não costuma apresentar a necessidade de internação. Porém, se o indivíduo tiver este diagnóstico associado a outros quadros, como depressão maior, talvez a internação possa vir a ser necessária.

Vale ressaltar que a internação psiquiátrica deve ser solicitada pelo médico. O médico avaliará o caso e se perceber que o indivíduo está colocando em risco a sua vida ou a de terceiros, a internação pode ser necessária.  A avaliação individual e focada na história do sujeito é que ditará se a internação deve ou não acontecer.

Conclusão

O transtorno de ansiedade social, à medida que avança, pode acarretar uma série de prejuízos sociais para o indivíduo. Por isso, a busca por acompanhamento profissional é tão importante. Busque o auxílio ideal para o seu caso e cuide de você! Entre em contato conosco para que possamos ajudar.

Referências

Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5 – 5ª Edição. Disponível em: <https://dislex.co.pt/images/pdfs/DSM_V.pdf> Acesso em 13 jul. 2022.

Tratamento do transtorno de ansiedade social em crianças e adolescentes. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rpc/a/3bH8LzZCq5Qq5JP39x6fYLJ/?format=html&lang=pt#> Acesso em 13 jul. 2022.

Transtorno de ansiedade social e comportamentos de evitação e de segurança: uma revisão sistemática. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/epsic/a/76jYzRRsgxZysdVZnvKwrqq/?lang=pt>

Revisado por Camila Bonatti: Psicóloga (CRP12/17354)

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