Psicose puerperal – O que é, sintomas e tratamento

psicose puerperal

Públicado em: 30 de junho de 2022

Última Atualização em: 30 de junho de 2022

A psicose puerperal consiste em um quadro psiquiátrico grave, que exige acompanhamento médico o quanto antes, a fim de salvaguardar a mãe e o bebê recém-nascido. Estar atento aos sintomas e buscar o tratamento ideal são peças-chave para oferecer mais qualidade de vida para os envolvidos.

Por isso, neste conteúdo trouxemos informações relevantes sobre o quadro. Acompanhe.

O que é a psicose puerperal?

A psicose puerperal consiste em um quadro psiquiátrico grave, no qual há a presença de sintomas como delírio, alucinação e perda de conexão com a realidade. Por se tratar de um caso crítico, a internação hospitalar é necessária para que a mãe receba o tratamento adequado e o bebê seja salvaguardado. 

Trata-se de um quadro que acomete de 1 a 2 mulheres a cada 1000 puérperas. Isso significa que 0,2% das mães recentes podem desenvolver esse transtorno psiquiátrico. 

Para uma mulher em surto, o bebê não existe como tal. Ela pode crer que não tem filho e, quando percebe a existência do bebê, há o risco de infanticídio, que é quando a mãe tira a vida do filho. Esse comportamento – que leva ao infanticídio – associa-se ao surto, pois a mulher pode crer que o bebê está em risco e que pode sofrer algo mais terrível do que a morte.

Além disso, outras ideias fantasiosas também podem levar ao infanticídio. É o caso de mulheres que crêem que o bebê é um deus ou um demônio; a mãe pode enxergar o bebê como defeituoso; entre outras ideias delirantes.

O que causa a psicose puerperal?

Dentre todas as fases de vida da mulher, o pós-parto é um período de maior vulnerabilidade para o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos. 

As mudanças corporais, os impactos nos papéis sociais, as mudanças psicológicas, as alterações hormonais e a pressão social podem ser alguns dos infindáveis motivos da psicose puerperal.

Além disso, mulheres diagnosticadas com bipolaridade ou quadros de psicose antes da gestação também podem desenvolver esse transtorno.

Problemas durante o parto e primiparidade também são fatores de risco e podem servir de gatilho para o desenvolvimento do quadro.

Contudo, não existem pré-requisitos fixos que garantam o desenvolvimento ou a ausência da psicose no puerpério. Isto é, algumas mulheres sadias mentalmente podem desencadear o quadro, enquanto mulheres com questões de transtornos psiquiátricos prévios podem não atravessar esse tipo de situação.

Por isso, é fundamental avaliar cada caso de forma singular, pois cada quadro é único e merece uma atenção ímpar.

 

Quais são os sintomas da psicose puerperal?

Os sintomas iniciais costumam ser:

  • Euforia;
  • Humor irritável;
  • Insônia;
  • Agitação;
  • Logorreia, que significa compulsão por falar. Aqui, a mulher sente a necessidade de despejar o maior número de ideias que tem na mente, como se isso fosse dar vazão aos seus pensamentos.

A partir desses sintomas, outros sinais podem ser detectados, como:

  • Delírios;
  • Alucinações;
  • Comportamentos desorganizados;
  • Desorientação;
  • Confusão mental
  • Descolamento da realidade;
  • Perplexidade;
  • Despersonalização.

Qual a diferença entre depressão pós-parto e psicose puerperal?

A DPP (Depressão Pós-parto) consiste em um quadro de humor deprimido, que apresenta sinais de tristeza, melancolia, choro fácil, alterações no apetite e no sono, etc. Nessas situações, a mulher pode ter dificuldades para cumprir suas tarefas diárias, além de sofrer impactos na hora de criar o vínculo afetivo entre mãe-bebê.

Em contrapartida, um caso de psicose no puerpério apresenta alguns dos sintomas citados acima, mas a mulher passa a ter comportamentos desorganizados, pensamentos sem sentido, desorientação, confusão mental, delírios e alucinações. Aqui, a mulher pode se descolar da realidade, desenvolvendo pensamentos irracionais.

Assim sendo, a maior diferença é justamente essa: na DPP não há delírios e alucinações, ou seja, sintomas psicóticos, como acontece na psicose puerperal.

Qual o tratamento para a psicose no puerpério?

O tratamento é psiquiátrico e exige que a mulher seja internada em hospital preparado para quadros psicóticos.

Isso porque a mulher deve receber acompanhamento multidisciplinar, além de ser medicada para que os sintomas sejam estabilizados e suas habilidades sociais resgatadas.

Vale ressaltar que cada caso é um caso, e o médico psiquiatra irá avaliar quais medicamentos são adequados, de acordo com os sintomas, comportamentos e caso clínico da puérpera.

Essa internação é fundamental pois uma mulher com psicose no puerpério pode representar riscos para si e para o bebê, como nos casos nos quais os pensamentos de infanticídio começam a aparecer.

A psicose no puerpério leva à internação?

Sim. Como vimos acima, a psicose no puerpério merece intervenção médica psiquiátrica, e a internação é de suma importância para isso.

Afinal, a mulher pode representar um risco para a sua vida e para a do bebê. Por isso, a internação é solicitada para que seja salvaguardada a vida do bebê e da mãe, até que os sintomas sejam tratados.

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Conclusão

A psicose puerperal é um quadro grave que exige acompanhamento psiquiátrico e internação o quanto antes, a fim de proteger a vida da mãe e do bebê.

Os sintomas contemplam questões de humor deprimido, delírios, alucinações, desorientação, descolamento da realidade, etc.

Trata-se de um quadro clínico relativamente raro, com uma incidência de 1 a 2 casos a cada 1000 puérperas.

Referências

Transtornos psiquiátricos no pós-parto. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rpc/a/nfBndszPxgSTqkh9zXgpnjK/?format=pdf&lang=pt> Acesso em 28 jun. 2022.

Depressão pós-parto, psicose pós-parto e tristeza materna. Disponível em: <https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/1927.pdf> Acesso em 28 jun. 2022.

Psicose Puerperal. Disponível em: <http://www.metis.med.up.pt/index.php/Psicose_Puerperal> Acesso em 28 jun. 2022.

Revisado por Camila Bonatti: Psicóloga (CRP12/17354)

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