Públicado em: 6 de fevereiro de 2023
Última Atualização em: 6 de fevereiro de 2023
Dentre as maiores dúvidas sobre esse quadro clínico, muitas pessoas buscam saber se a ansiedade tem cura, afinal, os efeitos dos sentimentos ansiosos podem ser severos na vida de muitas pessoas. Por isso, reunimos uma série de informações importantes sobre a temática para que você tire as suas dúvidas e possa compreender um pouco mais sobre a ansiedade e suas nuances. Acompanhe-nos!
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Ansiedade tem cura?
Infelizmente, ainda não existem estudos concretos o suficiente para dizermos que ansiedade tem cura. Isso porque o quadro clínico possui muitas nuances e traços diferentes, que podem variar de pessoa para pessoa. Além disso, os estudos ainda não constataram se existe algum tipo de tratamento capaz de sanar todas as crises de ansiedade de um indivíduo.
No entanto, isso não quer dizer que uma pessoa ansiosa não possa ter qualidade de vida. Afinal, existem muitos estudos clínicos que já relataram formas de tratar a ansiedade e elevar o bem-estar e a saúde do sujeito. Mesmo que ainda não haja uma “cura infalível”, as mudanças na rotina, os cuidados com as emoções e até mesmo a medicação tendem a auxiliar no controle dos sintomas ansiosos.
No próximo tópico descrevemos um pouco de informações mais sobre isso.
Quais os tratamentos e alternativas para lidar com a ansiedade?
Apesar de sabermos que não é verdade que a ansiedade tem cura, pelo menos não por enquanto, sabemos que existem formas de tratar o quadro. Assim, é possível atingir um maior nível de qualidade de vida no dia a dia, minimizando o aparecimento das crises e auxiliando o indivíduo a lidar melhor com os sintomas que podem surgir do quadro ansioso. Vejamos quais são esses tratamentos:
Psicoterapia
A psicoterapia pode ser uma excelente alternativa para quem está enfrentando crises ansiosas e problemas com a ansiedade no dia a dia. Por meio da conversa, que ocorre com o terapeuta, é possível traçar um plano de tratamento no qual a qualidade de vida do paciente é posta como uma prioridade.
O psicólogo, ao coletar informações do paciente, planeja as suas intervenções, ao mesmo tempo em que psicoeduca o indivíduo frente aos seus sintomas, para dar mais autonomia à pessoa na hora de ela conseguir enfrentar os sintomas de ansiedade.
Além disso, busca-se conhecer os principais gatilhos por trás da ansiedade, visando tratá-los de maneira efetiva, diminuindo as crises e dando, ao paciente, a oportunidade de desenvolver um maior autocontrole.
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Acompanhamento psiquiátrico
Além da psicoterapia, o acompanhamento psiquiátrico também pode ser necessário em muitos casos. Pois como vimos que não é verdade que a ansiedade tem cura, mas, sim, tratamento, devemos ter em mente que, em algumas situações, o indivíduo pode necessitar de algum tipo de tratamento medicamentoso.
Nesses casos, o médico psiquiatra é quem irá prescrever o medicamento ideal para o paciente, oferecendo a ele o suporte necessário para enfrentar os momentos mais difíceis de crise.
O médico também será responsável por acompanhar a adaptação do paciente à medicação, alterando a dose quando for necessário.
Exercícios físicos
Os exercícios físicos, especialmente quando feitos com acompanhamento de um profissional de educação física, podem minimizar as crises de ansiedade de uma forma considerável. Isso porque eles promovem sensações de prazer e bem-estar para o nosso organismo, relaxando-nos.
Além disso, os exercícios ajudam a manter o nosso cérebro mais saudável, impedindo que disfunções e desequilíbrios cerebrais afetem as nossas emoções.
Outro ponto relevante sobre os exercícios é que eles nos ajudam a “descarregar” as emoções, como se conseguíssemos “colocar para fora” algumas coisas ruins enquanto movimentamos o corpo. Portanto, pode ser uma grande fonte de relaxamento e distração, que dissipa os pensamentos ansiosos e aumenta a disposição e a qualidade de vida de forma geral.
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Mudanças de hábitos
Mudar alguns hábitos também pode contribuir com a melhora na qualidade de vida do indivíduo. Muitas vezes, o estilo de vida pode estar sustentando as crises de ansiedade, sem que a pessoa se dê conta disso.
É o caso de ficar próximo de situações tóxicas, como de pessoas que apenas reclamam da vida. Outro exemplo podem ser as redes sociais: se o indivíduo só segue pessoas famosas e com vidas “irreais”, pode se sentir extremamente forçado a seguir tais padrões, ficando ansioso quando não consegue, por exemplo, manter uma dieta que a blogueira está seguindo.
Ficar atento a esses hábitos que podem ser nocivos para a saúde é um caminho que tende a auxiliar na hora de enfrentar as situações de ansiedade.
Obviamente, essa mudança de hábitos não necessariamente substitui o acompanhamento profissional. Inclusive, pode ser que o próprio psicólogo oriente o paciente a fim de encontrar hábitos que sejam mais saudáveis para o estilo de vida dele.
Ansiedade natural versus patológica
Antes de finalizarmos este conteúdo, é importante considerarmos um ponto muito relevante: muitas pessoas que pesquisam se ansiedade tem cura estão buscando curar a ansiedade que faz parte da existência humana.
Isto é, devemos ter a consciência de que nem toda ansiedade é patológica. A ansiedade, em seu nível natural e normal, existe para que possamos nos preparar melhor para eventos futuros. Ela tem uma função de sobrevivência.
Sendo assim, não queira, simplesmente, apagar toda a ansiedade da sua vida. Entenda que ela aparecerá de vez em quando como um “sinal” do seu cérebro de que é hora de se preparar para algo importante.
Contudo, quando essa ansiedade se torna tão recorrente a ponto de perturbar a sua vida e causar mal-estar físico profundo, aí sim é importante buscar ajuda profissional.
Estar atento aos sinais do corpo, dessa forma, pode ser essencial para tomar a melhor decisão frente aos sintomas ansiosos.
Conclusão
Como vimos, muitas pessoas pesquisam se a ansiedade tem cura, mas ainda não existem estudos o suficiente que possam responder a essa pergunta de forma positiva. Entretanto, existem formas de tratar a ansiedade que elevam a qualidade de vida do sujeito, oferecendo mais bem-estar e menos crises.
Para isso, é necessário buscar ajuda profissional e implementar hábitos saudáveis na rotina.
Psicóloga (CRP12/17354), pós-graduada em Psicologia Puerperal. Em paralelo a isso, cursa Letras – Português. Atua como psicoeducadora e redatora na Interhelp Internação. Psicanalista em formação, é apaixonada por tudo que envolve saúde mental, desenvolvimento humano, linguagem e bem-estar.