O que a ansiedade pode causar no corpo?

O que a ansiedade pode causar no corpo

Públicado em: 3 de março de 2023

Última Atualização em: 3 de março de 2023

Não é de hoje que se estuda o que a ansiedade pode causar no corpo. Afinal, a ansiedade vem assolando a vida das pessoas há muito tempo. E, em alguns casos, os efeitos podem ser bastante profundos, causando perturbações na funcionalidade diária do sujeito.

Por isso, reunimos uma série de informações sobre essa temática, buscando ajudar você e a sociedade no geral a compreender melhor o assunto. Quanto mais informação desse tipo nós divulgamos, mais incentivo podemos dar para que as pessoas busquem ajuda quando precisarem.

Vamos adiante!

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O que a ansiedade pode causar no corpo?

A ansiedade pode causar uma série de efeitos em nosso organismo quando ela aparece de forma recorrente e intensa. Isto é, a ansiedade que sentimos eventualmente, quando estamos diante de uma situação difícil ou que nos tira da nossa zona de controle, não causa malefícios para o nosso corpo.

Afinal, a ansiedade tem a função de nos manter vivos e bem, prontos para seguir com a nossa vida de forma saudável e equilibrada. É ela quem nos ajuda a nos prepararmos para as situações que exigem mais de nós. Ou seja, ela é benéfica, quando na medida certa.

Porém, quando a ansiedade começa a tornar a rotina incapacitante, com sensações que causam um medo extremo e angústia, é necessário investigar e tratar, pois, caso contrário, efeitos negativos podem começar a surgir, como por exemplo:

1. Imunossupressão

A ansiedade atua em nosso sistema endócrino, fazendo com que o hormônio do estresse, o cortisol, seja produzido. Esse hormônio tem a função de preparar o nosso corpo para a luta e fuga.

Porém, quando ele é liberado em excesso em nosso corpo, o sistema imunológico é suprimido, deixando o nosso organismo mais exposto aos agentes externos, como vírus e bactérias.

À medida que o tempo passa, essa imunossupressão pode ser bastante maléfica para a saúde como um todo.

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2. Acelera os batimentos cardíacos

Os batimentos cardíacos também podem ser mais acelerados quando estamos sob efeito do cortisol. Até porque, precisamos que o coração esteja mais ativo na hora de fugir ou lutar por alguma coisa.

Porém, os batimentos acelerados o tempo todo podem não ser tão bons para a saúde cardiovascular, causando fadiga no coração – especialmente em casos de pessoas sedentárias. Portanto, é importante ficar atento a isso.

3. Aumento da pressão arterial

Além dos batimentos mais rápidos, o cortisol liberado em uma crise de ansiedade também eleva a pressão arterial.

Esta, quando desequilibrada, pode ocasionar o desenvolvimento de quadros de AVC e até mesmo infarto do miocárdio.

É por essas razões que buscar tratar a ansiedade é tão importante para proteger a saúde de todo o nosso corpo, inclusive do coração.

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4. Acelera a respiração

Em uma crise de ansiedade, a pessoa pode acabar acelerando a sua respiração de forma intensa. A hiperventilação, como é chamada essa forma de respirar, reduz os níveis de dióxido de carbônio no organismo, o que faz com que ocorra um estreitamento dos vasos sanguíneos presentes no cérebro.

Quando mais estreitos, menos esses vasos levam oxigenação para o cérebro, ocasionando o aparecimento de sintomas como formigamento nas extremidades, tontura e, em casos mais intensos, perda da consciência.

5. Problemas gastrointestinais

Diarreia, dor de barriga, azia, entre outros sintomas costumam estar associados às crises de ansiedade. A pessoa pode sentir mal-estar geral, que prejudica o seu desempenho diário.

É o caso de sentir muita dor de estômago sempre que tiver algo importante para fazer, a ponto de não conseguir dar continuidade à atividade por conta disso.

Se você sente que a ansiedade tem afetado a sua funcionalidade no dia a dia, não deixe de buscar ajuda de um profissional da saúde.

A relação da ansiedade com a obesidade

Além dos pontos mencionados até aqui, quando pensamos no que a ansiedade pode causar no corpo, podemos relembrar de um fato importante: a nossa mente está intimamente vinculada ao nosso corpo. O que ocorre nas nossas emoções e pensamentos pode nos impactar no campo físico. Com a ansiedade não é diferente.

Uma pessoa muito ansiosa sofre por conta das emoções que esse sentimento gera em si. Os pensamentos ansiosos assolam a vida do indivíduo, criando uma atmosfera desagradável e difícil de conviver.

Esse sofrimento pode começar a ser “escorregado” para atitudes compensatórias, ou seja, busca de prazeres que minimizem tais sensações ruins. A alimentação compulsiva é uma dessas atitudes.

O indivíduo ansioso, sem querer fazer isso para se maltratar, pode acabar comendo demasiadamente, para tentar obter algum prazer em meio às adversidades que vive em sua mente e sua vida. Só que essa ingestão calórica, muitas vezes, é bem além do recomendado para a pessoa, e é aí que a ansiedade começa a criar uma relação íntima com a obesidade.

A pessoa passa a comer mais e mais, para compensar o sofrimento psíquico, e sofre por comer demais e não conseguir se controlar, entrando em um espiral gigantesco.

Portanto, se você se identifica com esse tipo de situação, por favor, não deixe de buscar apoio profissional. Atualmente, é possível encontrar muitas clínicas e estabelecimentos com profissionais especialistas em tratamento para ansiedade. Esse apoio pode fazer toda a diferença em sua vida. Cuide-se!

Conclusão

Agora que pudemos entender o que a ansiedade pode causar no corpo, fica evidente que o excesso de crises ansiosas pode causar malefícios à saúde no médio e longo prazo. Por conta disso, buscar ajuda profissional para lidar melhor com elas é um caminho bastante promissor.

Considere esse cuidado com você mesmo e priorize-se. E nunca se esqueça: ansiedade tem tratamento e você merece ter uma boa qualidade de vida!

Referências

ASSIS, Ana Elisa Silva de; PORFÍRIO, Maria Luiza. Efeitos da ansiedade sobre o sistema imunológico: uma revisão. 2021.

MOURA, André Galindo. Sos Ansiedade. Clube de Autores, 2021.

RAMOS, Renato Teodoro. Transtornos de ansiedade. Revista Brasileira de Medicina, v. 66, n. 11, p. 365-374, 2009.

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