Estresse Pós-Traumático: Sintomas, causas e tratamentos

Estresse Pós-Traumático

Públicado em: 14 de setembro de 2022

Última Atualização em: 5 de março de 2024

Infelizmente, o Estresse Pós-Traumático pode acometer efeitos intensos na qualidade de vida dos indivíduos. Isso porque ele pode provocar incapacidades sociais, profissionais e até mesmo físicas, resultando em prejuízos emocionais e, inclusive, socioeconômicos.

Por conta disso, receber informações sobre o assunto é um ponto de partida bastante relevante. Por isso, convidamos você para acompanhar este conteúdo até o fim. Saiba mais!

Sintomas de Estresse Pós-Traumático

Os sintomas de estresse pós-traumático podem ser diversos, mas possuem uma “base” semelhante entre diversos indivíduos, podemos assim dizer. Isto é, cada pessoa pode apresentar intensidade e frequências diferentes dos sintomas desse transtorno, mas, primordialmente, esses sintomas estão associados a um trauma intenso que a pessoa possa ter vivido.

Abaixo exemplificamos melhor, apresentando alguns dos principais sintomas desse quadro:

  • Lembranças intrusivas e angustiantes do evento traumático, que são recorrentes e involuntárias.
  • Sonhos angustiantes com conteúdos relacionados ao evento traumático.
  • Reações dissociativas, como flashbacks, em que o indivíduo se sente como se o evento traumático estivesse acontecendo novamente.
  • Sofrimento psicológico intenso e/ou prolongado diante de situações que simbolizam ou sejam semelhantes ao evento traumático.
  • Evitação aos estímulos associados ao evento traumático, por exemplo, deixar de dirigir porque sofreu um acidente de carro.
  • Problemas cognitivos relacionados ao evento traumático, como incapacidade de recordar alguns acontecimentos específicos.
  • Distúrbios do sono ocasionados pela preocupação ou pensamentos obsessivos a respeito do evento traumático.
  • Entre outros sinais semelhantes.

Diagnóstico do Estresse Pós-Traumático

O diagnóstico do Transtorno de Estresse Pós-traumático leva em consideração uma série de critérios, que podemos encontrar descritos no DSM-V. Veja alguns desses critérios:

  • Perturbação que dura mais de um mês.
  • Essas perturbações causam sofrimento significativo e, inclusive, prejuízo social, profissional ou em outras áreas importantes da vida da pessoa.
  • A perturbação não tem relação com aspectos fisiológicos causados pelo uso de substâncias.
  • O indivíduo viveu uma exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, bem como lesão grave e violência sexual, de uma ou mais formas:
    • Vivenciou diretamente o evento.
    • Testemunhou pessoalmente uma situação ocorrida com outras pessoas.
    • Soube que determinado evento aconteceu com algum familiar ou amigo.
    • Foi exposto, de forma repetida ou extrema, a detalhes aversivos do evento traumático – como acontece no caso de socorristas, por exemplo.

Esses são alguns dos critérios levados em conta pelos profissionais da saúde. No entanto, cuidado com o autodiagnóstico!

O ideal é que você converse com um profissional qualificado caso perceba que os sintomas supracitados fazem parte da sua rotina. Não feche um diagnóstico para si, pois isso pode ser prejudicial para a saúde mental.

Afinal, este conteúdo não visa oferecer diagnósticos, mas sim, informar sobre dados e conhecimentos contidos no próprio DSM-V.

Causas do Estresse Pós-Traumático

As causas do estresse pós-traumático, de maneira geral, associam-se com uma situação estressora intensa, responsável por provocar um verdadeiro trauma no paciente.

Como vimos acima, não necessariamente a pessoa precisa viver o evento para que o transtorno se instaure. Às vezes, apenas saber que determinado familiar sofreu algo intenso, como por exemplo, uma tentativa de assassinato ou um acidente grave, já é um dos motivos pelos quais o problema pode ser instaurado.

Sendo assim, quando pensamos nas causas, elas estão associadas a eventos ambientais, que aconteceram perto da pessoa, de alguma forma, como por exemplo:

  • Familiares e amigos que sofreram um evento traumático intenso, de forte lesão corporal, ameaça de morte ou violência sexual.
  • O indivíduo passou a ser exposto a situações aversivos de determinados eventos traumáticos, como o caso de um bombeiro se deparar com pessoas mutiladas por conta de um acidente de trânsito, por exemplo.
  • Quando um indivíduo está próximo à situação estressora e traumatizante, como o caso de testemunhar uma tentativa de assassinato em um ambiente público.
  • Ou, obviamente, quando a pessoa vivenciou o evento traumático, sofrendo um acidente, assalto a mão armada, e assim por diante.

O evento estressor pode ser diverso. A pessoa pode sofrer com o transtorno ao vivenciar uma situação de acidente de trânsito, crime e violência, abuso sexual, etc.

Tratamento do Estresse Pós-Traumático

O tratamento do transtorno de estresse pós-traumático é feito com o acompanhamento psicológico e psiquiátrico, em muitos casos. Isso porque o psiquiatra poderá prescrever medicamentos adequados para minimizar os sintomas de ansiedade e estresse, por exemplo.

Além disso, o psicólogo poderá acompanhar o indivíduo que passou pelo evento traumatizante, visando oferecer a ele uma escuta qualificada que o ajude a elaborar a situação vivida. Isto é, na psicoterapia o sujeito poderá falar sobre os seus medos, dores e angústias ocasionados pelo evento traumático. Logo, poderá elaborar melhor o que sente, visando reequilibrar as emoções e lidar com a situação de uma maneira mais saudável.

Tudo isso visando mudanças positivas e gradativas, que respeitem a recuperação do paciente e ofereçam a ele ferramentas para atingir mais qualidade de vida. Procurar uma clínica psicológica e/ou psiquiátrica é um ponto de partida bastante pertinente nesses casos.

Conclusão

Infelizmente, o transtorno de estresse pós-traumático é uma realidade que pode impactar profundamente a vida de uma pessoa. Por isso, buscar ajuda para lidar com os sintomas e efeitos incapacitantes desse transtorno é um ponto muito importante.

O transtorno de estresse pós-traumático tem tratamento. Lembre-se disso!

Referências

Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5 – 5ª Edição. Disponível em: <https://dislex.co.pt/images/pdfs/DSM_V.pdf> Acesso em 14 set. 2022.

www.interhelpinternacao.com.br 

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