Públicado em: 16 de março de 2022
Última Atualização em: 29 de março de 2022
Os delírios mentais podem aparecer devido a uma série de fatores, como traumas cerebrais, consumo de substâncias químicas ou proveniente de outros transtornos mentais.
Trata-se de uma condição que requer acompanhamento médico, a fim de aumentar a qualidade de vida e o bem-estar do sujeito.
Neste conteúdo, apontamos perguntas e respostas importantes sobre o tema. Acompanhe e saiba mais!
O que são delírios mentais?
Os delírios mentais podem ser entendidos como um tipo de alteração mental que faz com que um sujeito tenha uma visão e percepção distorcidas da realidade. A pessoa pode ter confusão mental, redução da consciência, entre outras consequências.
Uma pessoa com crise delirante pode acreditar que tem super poderes, ou achar que está sendo perseguida, mesmo que seja comprovado de que não se passa de uma “paranoia”.
Quais as causas dos delírios mentais?
As causas podem ser multifatoriais, além de variar de indivíduo para indivíduo. Isso porque os delírios podem aparecer tanto isoladamente, como também pode ser um sintoma de pessoas com psicose.
Inclusive, os delírios podem aparecer em outras circunstâncias, como no caso de abuso de substâncias químicas como álcool e drogas, ou depois de uma lesão cerebral.
Alguns transtornos mentais também podem provocar os delírios mentais e, por isso, é fundamental que o profissional avalie o caso para prescrever o melhor tratamento possível.
Como identificar delírio?
Os principais sintomas de delírio são:
- Fala confusa e desconexa.
- Pensamentos desorientados.
- Tempo de atenção muito curto.
- Insistência em algo irreal, como ser perseguido, ser melhor do que todo mundo, entre outros.
- Desorientação geral.
- Irritabilidade.
- Distúrbios do sono.
- Dificuldade para gerenciar as emoções.
- Dificuldade para compreender os próprios pensamentos.
- Negação da realidade, mesmo quando comprovada.
Qual a diferença entre delírio e esquizofrenia?
Um único delírio, ou seja, uma crise não pode ser considerada esquizofrenia. Afinal, o transtorno delirante é caracterizado por sintomas de delírio, enquanto que a esquizofrenia conta com sintomas de psicose, como por exemplo: alucinação, fala totalmente desorganizada, etc.
Ou seja, uma pessoa com delírio irá sim ter os pensamentos desorganizados e poderá ficar desorientada, no entanto, não terá alucinações e tampouco comportamentos específicos de quadros de psicose.
Quanto tempo dura um delírio?
Tudo depende do motivo pelo qual o indivíduo está vivendo o quadro de delírio. Ou seja, é possível que dure alguns minutos, horas, dias e até mesmo semanas.
Em todos os casos, buscar o suporte médico é indispensável para lidar com toda a desorganização dos delírios.
Diferença entre delírio e alucinação
O delírio fica mais no campo abstrato, podemos assim dizer, pois é uma crença do indivíduo.
A pessoa acredita em coisas irreais que existem apenas no seu próprio pensamento, como por exemplo, achar que há alguém tentando matá-la, perseguindo-a.
Já a alucinação está associada ao campo das percepções e, consequentemente, ao campo da psicose. Nesse sentido, a pessoa enxerga, cheira, sente, ouve e experimenta (com o paladar) coisas irreais. É o caso de sentir picadas de insetos inexistentes, ouvir vozes, ver pessoas mortas, e assim por diante.
Quais os tipos de delírios?
Existem alguns tipos de delírios, que podem variar inclusive em intensidade. Os principais são:
1. Delírio de estar sendo perseguido
Esse é um dos tipos de delírio mais conhecido no senso comum. Uma pessoa com esse quadro delirante costuma acreditar que está sendo perseguida por inimigos, e que a todo momento tem alguém tentando matá-la, envenená-la, etc.
2. Delírio de grandeza
O delírio de grandeza associa-se com acreditar que se é alguém melhor que os outros, mais especial, como por exemplo no caso de indivíduos que acreditam que são Deus ou algum famoso em cargo importante.
3. Delírio de auto referência
Neste tipo de delírio a pessoa passa a se moldar de acordo com as “referências” dos outros, que ela acredita que são reais. Ou seja, ela atua, no dia a dia, de acordo com o que ela imagina que as pessoas estão falando, julgando, pensando, etc.
4. Delírio do controle
Neste tipo de delírio o indivíduo crê que os seus comportamentos, pensamentos e ideias são todos controlados por outra pessoa ou por uma força maior. Ela crê que somos parte de algum tipo de encenação, como um “fantoche”.
5. Delírio de ciúme
Apesar de o relacionamento amoroso estar indo bem, uma pessoa com delírio de ciúme começa a encontrar sinais irreais de que o outro está traindo. Assim, passa a acreditar na traição e, consequentemente, pode cometer erros em cima dessa convicção: traindo para se vingar ou tornando-se violento.
6. Delírio erotomaníaco
Aqui o indivíduo acredita que outra pessoa, especialmente famosa, é apaixonada por ele. Ou seja, o sujeito em delírio tem certeza de que a pessoa famosa está dando sinais, por exemplo nas redes sociais, de que está pensando nele.
7. Delírio misto
Este tipo de delírio contém um ou mais tipos dentro de si. É o caso de uma pessoa com delírio de perseguição e controle, por exemplo.
As “misturas” podem variar de pessoa para pessoa, além de desencadear diferentes intensidades de sintomas. De todo modo, requer acompanhamento médico.
Quais os tratamentos dos delírios mentais?
Tudo depende do quadro do indivíduo. Como vimos, existe uma série de causas para os delírios mentais e, por isso, é possível encontrar também uma série de tratamentos.
O primeiro passo sempre será a avaliação do médico psiquiatra, a fim de que o tratamento adequado seja traçado e haja maiores chances de sucesso. Veja algumas considerações quanto a isso:
1. Tratamento de delírio por intoxicação
Primeiramente, o médico fará o diagnóstico e o tratamento focado no fisiológico, ou seja, na intoxicação física. À medida que o tratamento, que pode ser medicamentoso, evolui, o indivíduo passa a se reconectar à realidade, caso não haja danos irreversíveis no cérebro.
Além disso, a reabilitação também deverá acontecer e, inclusive, o acompanhamento psicoterapêutico no caso em que o indivíduo tem dependência química. Uma clínica de reabilitação pode ajudar nesse caso.
2. Tratamento de delírio por transtorno mental
Aqui, além do acompanhamento psicoterapêutico, o psiquiátrico também deverá acontecer. Em paralelo a isso, comumente o médico prescreverá um ou mais medicamentos. Mas tudo de acordo com o caso.
Conclusão
Os delírios mentais podem parecer inofensivos em alguns casos, porém, afetam a qualidade de vida e a saúde mental do sujeito.
Por isso, buscar ajuda médica é indispensável. Se precisar de suporte para encontrar o melhor tratamento e clínica, entre em contato conosco. A Interhelp Internação está à disposição!
Referências
Delírio: uma história irreal criada pela sua mente – por Elisabete Castelon Konkiewitz. Disponível em: <http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/arquivos/4856> Acesso em 16 mar. 2022.
Transtorno delirante – Manual MSD. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/esquizofrenia-e-transtornos-relacionados/transtorno-delirante> Acesso em 16 mar. 2022.
Revisado por Camila Bonatti: Psicóloga (CRP12/17354)
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