Públicado em: 22 de junho de 2022
Última Atualização em: 22 de junho de 2022
O vape, também conhecido como cigarro eletrônico, inicialmente foi desenvolvido como uma alternativa para fumantes pararem de fumar ou, ao menos, reduzir o consumo da substância. Porém, à medida que essa modernidade vem sendo disseminada, as particularidades do vape têm “seduzido” os jovens e levando pessoas não-fumantes a entrarem no mundo do tabagismo.
Justamente por isso é que devemos ficar atentos aos efeitos desse tipo de droga, visando conscientizar as pessoas e alertá-las sobre os riscos desse consumo. Assim sendo, reunimos uma série de informações importantes sobre o tema. Saiba mais acompanhando este conteúdo até o fim e lembre-se de compartilhá-lo com algum amigo. Vamos lá!
O que é vape?
Vape é o nome utilizado para designar os cigarros eletrônicos. Estes, por sua vez, caracterizam-se como dispositivos eletrônicos, em forma de cartucho e preenchido com um líquido, que contém uma parte de aquecimento para criar vapor e, por fim, este vapor ser inalado. Sendo assim, o mecanismo se assemelha a um cigarro comum, embora o aquecimento aconteça de forma diferente. Porém, a inalação e o processo de “fumar” é bastante semelhante.
Como funcionam os cigarros eletrônicos?
Os usuários de vape podem encontrar os mais diversos tipos de líquidos em lojas online, embora a venda seja proibida no Brasil. Depois de adquirir o líquido (aroma/sabor), o indivíduo aplica a substância no seu cigarro eletrônico, ligando-o para que este líquido venha a ser aquecido. Após o aquecimento, o usuário pode inalar o vapor que é liberado pelo cigarro eletrônico.
Vale ressaltar que esse dispositivo contém uma espécie de bateria, responsável pelo seu funcionamento.
Sendo assim, o funcionamento é bastante simples, e seu vapor/aerosol promove sensações semelhantes ao de fumar um cigarro comum. Embora algumas pessoas digam que esse tipo de cigarro não traz malefícios para a saúde, a verdade é que ele pode gerar novos compostos de decomposição que venham a ser perigosos para o organismo como um todo.
Por isso, o consumo indiscriminado deve ser evitado, a fim de prevenir uma série de problemas de saúde, que discutiremos no decorrer deste texto.
Quais os riscos de fumar vape?
Segundo estudos, são diversos os riscos que fumar vape representa para a saúde do indivíduo. Conheça alguns deles:
- Aumento do risco de desenvolvimento de quadros de infarto agudo do miocárdio.
- Doenças cerebrovasculares.
- Lesão pulmonar.
- O vape pode expor os usuários a matais pesados de baterias e bobinas de aquecimento, sendo estes cancerígenos e/ou tóxicos para o coração e pulmão dos usuários.
- Comprometimento respiratório agudo.
- Morte devido aos problemas e contaminações citados acima.
- Dor no peito.
- Falta de ar.
- Sintomas gastrointestinais.
- Febre.
- Fadiga.
- Calafrios.
- Irritação respiratória.
- Impactos na saúde bucal.
- Riscos para o cérebro em desenvolvimento.
- Efeitos na saúde mental no longo prazo.
Vale ressaltar que ainda encontram-se diversas controvérsias em uma série de estudos. Isso porque há pesquisas que apontam que os prejuízos do vape são menores que o do cigarro. Em contrapartida, outros estudos alertam sobre o aumento de problemas de saúde em jovens que consomem cigarros eletrônicos.
De todo modo, é importante termos em mente que ainda estamos diante de um tipo de droga. Sendo assim, não é algo “natural” para o organismo e, por esse motivo, pode promover efeitos nocivos, como os citados acima. Cuidado!
Vape vicia?
Segundo estudos, o cigarro eletrônico pode não apresentar os mesmos componentes que desenvolvem a dependência química como no caso de cigarros convencionais. Porém, a construção de hábitos e comportamentos pode desencadear a chamada dependência psicológica e comportamental. Isto é, uma dependência relacionada ao afetivo, social e psíquico (Fonte).
De qualquer forma, essa dependência pode exigir o acompanhamento profissional, a fim de garantir o restabelecimento do controle emocional e psíquico do indivíduo, viabilizando mais qualidade de vida, saúde e prevenção de problemas mais graves.
Qual o tratamento para vício em vape?
Se o indivíduo se sente “preso” ao consumo de vape, o ideal a se fazer é buscar auxílio psicológico e profissional. Por meio da psicoterapia será possível levar em consideração as questões sociais, psíquicas e emocionais por trás desse consumo. Assim, torna-se viável buscar novos caminhos para lidar com a situação, priorizando a saúde e impedindo que o consumo venha a se tornar um problema de saúde grave.
Além disso, em caso de efeitos colaterais graves (como problemas respiratórios), a internação em hospitais pode ser necessária. Vale ressaltar, ainda, que a suspensão do consumo é necessária para que o tratamento seja bem-sucedido.
A equipe da Interhelp Internação, inclusive, está aqui para lhe auxiliar na sua busca por tratamento. Basta entrar em contato!
Vapes são proibidos no Brasil
Vale ressaltar que embora o consumo de vapes esteja crescendo no Brasil, a verdade é que a ANVISA proibiu, em 2009, a compra, venda, distribuição e divulgação de cigarros eletrônicos. Sendo assim, não é permitido comprar legalmente esse tipo de dispositivo, e isso pode aumentar o risco de consumir líquidos e cigarros adulterados, que podem aumentar as chances de doenças e efeitos coletareis severos.
Conclusão
Apesar de vermos muitas pessoas enaltecendo os cigarros eletrônicos, a verdade é que uma série de estudos apontam que eles podem ser prejudiciais para a saúde. Os efeitos podem ser intensos no curto, médio e longo prazo.
Além disso, a modernidade por trás do vape pode acabar seduzindo os jovens, fazendo-os consumir tabaco mesmo sem ter sido fumante antes disso. Logo, o que era para ser uma “solução” para o tabagismo pode, na realidade, se tornar um novo problema de saúde pública.
Outro ponto relevante é que o vape é proibido no Brasil, o que abre caminhos para a compra e venda de produtos adulterados e sem fiscalização, colocando os jovens ainda mais em risco.
Referências
CIGARROS ELETRÔNICOS: AUXÍLIO NA CESSAÇÃO DO TABAGISMO OU UM NOVO RISCO A SAÚDE?. Caderno de Graduação – Ciências Biológicas e da Saúde – UNIT – ALAGOAS, [S. l.], v. 6, n. 3, p. 212, 2021. Disponível em: https://periodicos.set.edu.br/fitsbiosaude/article/view/9387. Acesso em: 22 jun. 2022.
Injuries caused by the use of electronic cigarettes: an integrative review. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 16, p. e25101623137, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i16.23137. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/23137. Acesso em: 22 jun. 2022.
Os riscos do uso do cigarro eletrônico entre os jovens . Global Clinical Research Journal, [S. l.], v. 1, n. 1, p. e8, 2021. DOI: 10.5935/2763-8847.20210008. Disponível em: https://www.globalclinicalresearchj.com/index.php/globclinres/article/view/15. Acesso em: 22 jun. 2022.
Revisado por Camila Bonatti: Psicóloga (CRP12/17354)
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Psicóloga (CRP12/17354), pós-graduada em Psicologia Puerperal. Em paralelo a isso, cursa Letras – Português. Atua como psicoeducadora e redatora na Interhelp Internação. Psicanalista em formação, é apaixonada por tudo que envolve saúde mental, desenvolvimento humano, linguagem e bem-estar.