Mania e Depressão: O que é, sintomas e principais tratamentos

depressão e mania

Públicado em: 21 de setembro de 2022

Última Atualização em: 21 de setembro de 2022

Podemos dizer que mania e depressão são dois “polos” quando pensamos no humor de uma pessoa bipolar. Primeiro porque a depressão está associada ao humor deprimido, sendo uma fase do transtorno bipolar caracterizada pelos baixos níveis de energia, apatia, tristeza, etc. Já a fase da mania, vivida por quem tem bipolaridade, consiste em um momento de grande euforia, sensação de energia extrema e comportamentos impulsivos.

Pensar nesses dois polos presentes em um quadro de bipolaridade é fundamental para entendermos a situação e buscarmos as medidas profissionais cabíveis para cada caso. Por isso, desenvolvemos este texto com uma série de informações importantes. Confira!

O que é mania e depressão?

Como vimos logo acima, mania e depressão são dois polos de perturbação de humor. Um polo ligado a extrema energia e comportamentos impulsivos, enquanto o outro relaciona-se com a apatia e a falta de vontade para fazer praticamente qualquer coisa.

Ambas as perturbações podem ser detectadas em pacientes diagnosticados com transtorno de bipolaridade. Porém, a depressão também pode ser a única perturbação de humor que um indivíduo pode desenvolver, ou seja, nem sempre uma pessoa com depressão viverá as fases de mania.

A seguir, destacamos melhor a diferenciação dos dois momentos para que seja mais fácil compreendê-los:

Conceito e sintomas de mania

A mania pode ser caracterizada como uma fase na qual o indivíduo apresenta sentimentos de euforia extremos. Em algumas situações, a pessoa pode se sentir “invencível”, colocando-se em situações de risco para a própria saúde física e mental.

Além disso, na fase da mania os comportamentos impulsivos podem levá-lo a fazer dívidas e provocar danos à integridade de si mesmo, resultando em problemas mais tarde.

O excesso de energia física e mental pode ser detectada logo no início da fase da mania. Além disso, o indivíduo pode começar a apresentar sinais de uma melhora abrupta do seu quadro depressivo, que na verdade se trata de uma fase maníaca, e não de uma melhora clínica propriamente dita.

Ao mesmo tempo em que é possível encontrar a pessoa com uma postura eufórica, ela também pode ficar mais agitada e irritada em algumas situações. Lembre-se sempre de que cada caso é um caso e devemos ter essa visão clara para não generalizarmos as questões de saúde mental, ok?

Conceito e sintomas de depressão

Já a depressão pode ser caracterizada como um humor deprimido, no qual o indivíduo apresenta um comportamento menos enérgico, mais retraído, etc.

O indivíduo pode acabar se isolando socialmente, além de apresentar sentimentos de baixa autoestima e culpa.

Em muitos casos, o choro excessivo pode aparecer, ao mesmo tempo em que a apatia e a falta de prazer na vida também se tornam evidentes em diversas situações.  A tristeza costuma ser intensa, e dificilmente descrita com palavras. Isto é, a pessoa sabe que sente uma tristeza profunda, mas não consegue associá-la a uma causa aparente. Mas sim, pode dizer que “todas as coisas” estão ruins e que “nada mais faz sentido”.

Essa tristeza pode ser ocasionada por inúmeros fatores, que vão desde questões sociais até fatores genéticos e biológicos. Por isso, não podemos generalizar as suas causas.

Além disso, lembre-se de que a depressão é diferente da tristeza comum, pois esta segunda costuma não ser tão intensa a ponto de impedir que o indivíduo tenha o desejo de se levantar da cama, por exemplo.

Os distúrbios de sono e apetite também podem aparecer na depressão, seja ela uma fase da bipolaridade ou caracterizada pelo transtorno depressivo.

O que é um surto de mania?

Um surto de mania, portanto, é caracterizado pela fase maníaca que um indivíduo com o diagnóstico de transtorno bipolar pode viver. Nesta fase, os seus sentimentos depressivos tendem a desaparecer por um período, dando espaço para uma euforia e, em alguns casos, crenças de que melhorou e que agora é “invencível”.

Quando não tratado, o surto de mania pode levar o indivíduo a cometer comportamentos de risco, como por exemplo: praticar sexo sem proteção; consumir drogas por se achar “forte”; fazer dívidas por conta dos comportamentos impulsivos; expor-se a situações que ferem a sua moral e integridade; entre outros fatores.

Por isso, é muito importante buscar o tratamento adequado para esse tipo de situação.

Qual o tratamento para quadros de mania e depressão (bipolaridade)?

O tratamento pode ser dividido em:

  • Psicoterapia com um psicólogo.
  • Medicamento e acompanhamento psiquiátrico.
  • Internação em casos específicos (daremos alguns exemplos adiante).

Psicoterapia

A psicoterapia consiste em um acompanhamento psicológico que pode acontecer semanalmente ou a cada 15 dias, durante um período determinado entre o paciente e o terapeuta.

Durante as sessões, o paciente pode desenvolver o seu autoconhecimento, compreender o seu quadro clínico e aprender a lidar com determinados sintomas, por exemplo. O processo de psicoeducação costuma acontecer na terapia, no qual o psicólogo pode orientar o indivíduo quanto ao seu diagnóstico e possíveis caminhos que ele pode escolher seguir para ter mais qualidade de vida.

Além disso, é na terapia que o indivíduo pode falar das suas emoções e escutá-las, buscando, dentro de si mesmo, maneiras de lidar com suas questões emocionais.

Medicamento

No caso do acompanhamento psiquiátrico, o psiquiatra poderá prescrever medicamentos que auxiliem na redução dos sintomas dos casos de mania e depressão (bipolaridade). Assim, é possível reduzir os impactos causados pelas fases vividas pelo paciente, viabilizando uma maior qualidade de vida no curto, médio e longo prazo.

Porém, é importante que o paciente siga sempre o que foi prescrito pelo médico, e jamais se automedique aumentando ou reduzindo as doses.

Internação em casos específicos

Em alguns casos específicos, o médico psiquiatra poderá orientar o paciente para que busque a internação, bem como poderá ordenar, por meio de um documento, que essa internação seja feita pela família.

É o caso de pacientes que apresentam ideação ou comportamentos suicidas na fase depressiva, bem como comportamentos de risco e impulsivos na fase da mania. Afinal, nesses casos é necessário reequilibrar a situação para proteger a vida e a integridade do sujeito.

 

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Referências

Depressão e Mania. Disponível em: <https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/52/depressao_e_mania.htm>. Acesso em 21 set. 2022.

Depressão e Mania – Banco da Saúde. Disponível em:<http://www.bancodasaude.com/info-saude/depressao-e-mania/>. Acesso em 21 set. 2022.

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