Públicado em: 17 de março de 2022
Última Atualização em: 17 de março de 2022
As drogas sedativas, ou fármacos sedativos, são comumente utilizadas para o tratamento de questões relacionadas a distúrbios do sono; depressão; ansiedade e Síndrome do Pânico; além de ser o suporte durante alguns tratamentos dolorosos e cirurgias.
No entanto, assim como ocorre com outras drogas, lícitas e ilícitas, os sedativos também podem causar dependência química. Além disso, podem ainda ser a porta de entrada para uma série de outros problemas, especialmente quando existe a automedicação e a superdosagem.
Por isso, fizemos este conteúdo com diversas considerações importantes sobre o tema. Buscamos responder as principais perguntas sobre as drogas sedativas e, assim, lhe ajudar a se conscientizar sobre isso. Confira!
O que são drogas sedativas?
São drogas sedativas aquelas que têm a capacidade de deprimir a atividade do nosso Sistema Nervoso Central. Desse modo, o indivíduo passa a se sentir mais tranquilo, sonolento e, em alguns casos, pode ser que se sinta com algumas percepções e reflexos mais lentos.
A intensidade desses sintomas e da depressão das funções cerebrais varia de acordo com a droga consumida.
Quais são as drogas sedativas?
São consideradas drogas sedativas:
- Alprazolam;
- Lorazepam;
- Diazepam;
- Clonazepam (Rivotril);
- Sódio pentobarbital;
- Fenobarbital;
- Hidrocodona;
- Oxicodona;
- Paracetamol;
- Zolpidem.
Cada droga sedativa pode ter uma função diferente, uma da outra. Isso quer dizer que existem drogas para:
- Distúrbios do sono;
- Ansiedade;
- Depressão;
- Transtornos do pânico;
- Dores;
- Anestesia, em caso de cirurgias, por exemplo.
Além disso, existem entorpecentes lícitos e ilícitos que podem causar efeitos sedativos e depressores, como é o caso do próprio álcool, que diminui as atividades do Sistema Nervoso Central e pode atrapalhar a percepção e o reflexo da pessoa.
Qual o efeito colateral de sedativos?
A depender do tipo de droga sedativa e quantidade ingerida, pode ser que o indivíduo venha a apresentar e sentir alguns efeitos colaterais. Os mais comuns são:
- Náuseas e vômitos;
- Letargia;
- Sonolência.
Além disso, é possível, em casos de consumo prolongado e exagerado, desenvolver questões como:
- Síndrome de abstinência;
- Dependência química;
- Intoxicação por superdosagem;
- Coma;
- Depressão cardiorrespitatória;
- Morte.
Justamente por conta desses efeitos que é perigoso consumir medicamentos e drogas sedativas sem nenhum tipo de acompanhamento médico.
Lembre-se, por mais que seja um medicamento, ainda é considerado uma droga e pode causar dependência, efeitos colaterais e a morte.
Como age o sedativo no organismo?
Um sedativo tem a capacidade de agir diretamente sobre os receptores cerebrais, ocasionando uma diminuição da hiperexcitação do Sistema Nervoso Central. Consequentemente, diminui os sintomas de ansiedade, irritabilidade, depressão etc., ocasionando um efeito depressor nas funções cerebrais.
Em contrapartida, se usado sem acompanhamento médico e em doses muito altas, essa depressão do sistema nervoso pode ser muito perigosa. Isso porque as funções cerebrais vão desacelerando, a ponto de induzir o coma e levar o organismo à morte.
Quanto tempo dura o efeito do sedativo?
Não existe um período cravado para todos os casos, isso porque tudo dependerá de uma série de fatores, como por exemplo:
- O sedativo utilizado.
- O tipo de sedativo (para anestesia, dor, efeito calmante etc.).
- A dosagem.
- O organismo.
- A finalidade.
- A interação com outras drogas ou medicamentos.
Por isso, podemos dizer que o efeito de um sedativo pode ser de 10 a 80 horas.
Como acabar com o efeito do sedativo?
É necessário aguardar o organismo fazer a própria desintoxicação do consumo do sedativo. Para isso, é fundamental beber água e descansar.
Em hipótese alguma combine o consumo do sedativo com outros tipos de drogas, como o álcool, apenas para tentar “cortar o efeito”. Esse tipo de atitude pode colocar a sua vida em risco, além de ocasionar uma série de problemas de médio e longo prazo.
Portanto, o ideal é evitar as doses indiscriminadas de sedativo, e apenas consumir por prescrição médica.
Contudo, se porventura a ingestão aconteceu acidentalmente, procure um médico imediatamente. Apenas ele poderá avaliar o quadro e direcionar algum tipo de tratamento que minimize os efeitos do sedativo, se necessário for.
Qual é o sedativo mais forte?
O Diazepam é considerado um dos sedativos mais fortes. Costuma ser prescrito em casos de ansiedade, irritabilidade, convulsão e outras questões de saúde mental. Seu efeito costuma ser rápido, além de duradouro, o que permite que pessoas com insônia consigam dormir tranquilamente, durante toda a noite.
No entanto, novamente reiteramos: jamais faça uso da automedicação. Se você sofre de insônia ou algum transtorno mental, procure um psiquiatra! Jamais consuma drogas sedativas por conta própria.
Riscos das drogas sedativas
As drogas sedativas, apesar de serem utilizadas em diversos tratamentos e promoverem benefícios para os pacientes, ainda assim são drogas.
Por isso, não devem ser ingeridas por conta própria, e tampouco de qualquer maneira. Isso porque elas apresentam uma série de riscos para a saúde, como por exemplo:
- Altas doses podem levar o indivíduo ao coma e até à morte.
- O consumo indiscriminado pode desencadear a dependência química.
- Crises de abstinência podem aparecer.
- Problemas no sistema respiratório e cardíaco também podem surgir devido à intoxicação e às altas dosagens.
- Sonolência excessiva, que coloca o indivíduo em risco por outras vias, como por exemplo, dirigindo, operando máquinas, etc.
Dependência em drogas sedativas: Como tratar?
Se você consome drogas sedativas e tem percebido sintomas de dependência química, primeiramente, acalme-se! Não se desespere, pois existem tratamentos qualificados para esse tipo de situação.
O segundo ponto é abrir mão do consumo do sedativo e procurar imediatamente a ajuda médica. Em clínicas de reabilitação você pode receber o suporte de médicos psiquiatras, especialistas em dependência química e que poderão ajudar você.
Depois da avaliação inicial, o tratamento é prescrito. Ele pode acontecer com ou sem internação, dependendo do grau de gravidade. Por isso, a avaliação deve acontecer antes de iniciar qualquer tipo de tratamento.
Lembre-se de não investir em tratamentos caseiros e improvisados. A pessoa mais preparada para lhe ajudar nessas circunstâncias é o médico psiquiatra.
Conclusão
As drogas sedativas são mais uma das grandes descobertas da medicina. Elas auxiliam na manutenção da saúde e da qualidade de vida de milhares de pessoas. Porém, com os riscos provocados pelas altas doses e pela automedicação, elas também podem ser a porta de entrada para problemas.
Sendo assim, jamais consuma drogas sedativas sem seguir a prescrição médica, e em caso de efeitos colaterais, dúvidas e até mesmo dependência química, procure profissionais da saúde que sejam qualificados. Inclusive, conte com a Interhelp Internação para isso!
Referências
Medicamentos ansiolíticos e sedativos – Manual MSD. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/assuntos-especiais/drogas-recreativas-e-entorpecentes/medicamentos-ansiol%C3%ADticos-e-sedativos> Acesso em 17 mar. 2022.
Abuso e dependência de sedativos e hipnóticos. Disponível em: <https://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/atencao-basica/saude-mental/protocolos-da-raps/9212-dependencia-de-sedativos-e-hipnoticos/file> Acesso em 17 mar. 2022.
Revisado por Camila Bonatti: Psicóloga (CRP12/17354)
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Psicóloga (CRP12/17354), pós-graduada em Psicologia Puerperal. Em paralelo a isso, cursa Letras – Português. Atua como psicoeducadora e redatora na Interhelp Internação. Psicanalista em formação, é apaixonada por tudo que envolve saúde mental, desenvolvimento humano, linguagem e bem-estar.