Tratamento psicológico para dependentes químicos: Como funciona e onde encontrar?

Tratamento psicológico para dependentes químicos

Públicado em: 13 de agosto de 2020

Última Atualização em: 13 de agosto de 2020

Para compreender como funciona o tratamento psicológico para dependentes químicos, é essencial se aprofundar no assunto de uma forma mais expressiva.

Pois, ao considerarmos a infinidade de contingências envolvidas com este processo, entenderemos que não existe um único caminho em busca da, digamos, “cura”. Mas sim, faz-se necessário um trabalho interdisciplinar e em diversos âmbitos, com soluções e atitudes que se conversam.

É preciso ter em mente que as variáveis para a dependência são inúmeras, relacionando-se com agentes ambientais, psicológicos e sociais.

Com isso, é importante se aprofundar nestas variáveis, para assim se pensar em caminhos terapêuticos que vão de encontro com a subjetividade de cada sujeito.

Abaixo discutiremos mais sobre este assunto.

Dependência química e a psicologia

É muito comum nos deparamos com discursos com um toque de preconceito quando o assunto é dependência química. Em contrapartida, o papel do psicólogo se faz presente de um modo que vá além destes tabus e paradigmas impostos.

Com isso, este profissional irá se atentar para:

  • O sujeito dependente e a interação que o mesmo possui com a droga;
  • Analisará o contexto social no qual este sujeito está inserido (aspectos socioeconômicos e culturais);
  • Haverá a avaliação da interação do sujeito com este meio.

A partir desta análise subjetiva, poderá dar início ao tratamento psicológico para dependentes químicos propriamente dito.

Como funciona o tratamento psicológico para dependentes químicos?

O papel do psicólogo envolve-se com a compreensão dos gatilhos iniciais relacionados com a busca da droga. Sendo que estes gatilhos podem, entre outros fatores, se relacionarem com:

  • Busca do prazer;
  • Amenização da ansiedade;
  • Busca por alívio de dor física;
  • Necessidade de cobrir uma “falta”;
  • Amenizar frustrações e perdas.

Partindo disso, a psicoterapia investiga as contingências e angústias que se envolvem com o uso da droga, seja ela lícita ou ilícita. Desse modo, torna-se possível trabalhar mudanças intencionais, acolhendo o sujeito e o auxiliando em sua ressignificação.

Assim, é na psicoterapia que: identifica-se gatilhos; faz-se o manejo de pensamentos negativos; planeja-se métodos para lidar com os impulsos de consumo; estrutura-se o manejo da raiva e da resistência do tratamento; eleva-se atividades agradáveis; trabalha-se a resolução de problemas; além de ser feito o acolhimento de angústias.

Além disso, é importante destacarmos o papel do psicólogo no processo de desintoxicação, considerando que haverá a necessidade de se adotar novos caminhos.

Assim, a recuperação da autoestima e de habilidades é outra face do tratamento psicológico para dependentes químicos.

A ressignificação da vida é importantíssima, ao considerarmos a “perda” que o sujeito tem (ou seja, o vício). O luto surgirá, como um processo que deverá ser passado por todas as etapas de negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.

O psicólogo deverá acolher e escutar o sujeito em todas estas fases, trazendo novos horizontes, olhares e possibilidades.

+Leia também: Como saber se uma clínica de recuperação é confiável?

Possibilidades com terapia em grupo

Além do tratamento psicológico individual, podemos também pensar nas possibilidades do trabalho de terapia em grupo.

Aqui, o terapeuta poderá trabalhar as ansiedades, o acolhimento e gerará a sensação de sociedade/comunidade, em cada sujeito ali inserido.

Com isso, em conjunto será possível trabalhar os seguintes pontos, entre outros:

  • Otimismo: Trazendo uma visão mais otimista, onde há um conjunto, um grupo que busca um mesmo objetivo;
  • Inclusão: Diminuindo a sensação de desagregação que o vício pode ter ocasionado;
  • Desenvolvimento da capacidade interpessoal: Melhorando a forma como cada pessoa lida com suas relações com outrem;
  • Desenvolve-se a empatia: Gerando assim um senso de empatia mais efetivo, ao ouvir a história de outro;
  • Retira o foco do “eu estou errado”: Assim, o sujeito percebe que outras pessoas também passam por dificuldades semelhantes, compreendendo que todos podem ter uma nova chance;
  • Coesão: Permitindo que o sujeito passe a refletir de uma maneira mais coesa e clara sobre as situações, especialmente quando outrem demonstrarem sinais de recaída.

Vale lembrarmos que para além do tratamento psicológico para dependentes químicos, faz-se necessário o acompanhamento interdisciplinar.

Especialmente com o atendimento do médico que poderá, junto à sua equipe, desenvolver um tratamento de desintoxicação que caminhe lado a lado com a psicoterapia.

+Leia também: Grupo de apoio para familiares de dependentes químicos

Onde encontrar um tratamento psicológico para dependentes químicos?

Nos dias atuais, é possível encontrar instituições sérias e capacitadas com uma equipe ampla de profissionais qualificados nas mais diversas áreas.

Sendo assim, é possível ainda promover um atendimento mais aprofundado e específico, a partir da internação para desintoxicação e reabilitação.

Dessa maneira, acompanhado de uma equipe especializada, o paciente poderá ter todo o suporte adequado, seja ele psicológico, físico ou nutricional.

Se você precisa de suporte para encontrar a melhor instituição para tratamento psicológico neste sentido, entre em contato conosco.

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