Tratamento de Transtorno Alimentar

tratamento de transtorno alimentar

Públicado em: 3 de fevereiro de 2022

Última Atualização em: 3 de fevereiro de 2022

Entender o que é, quais as causas e os sinais do transtorno alimentar é fundamental para conscientizarmos as pessoas e oferecermos o apoio necessário.Além disso, entender o que pode causar esse tipo de quadro é interessante para prevenir o problema.

Com isso em mente, neste conteúdo nós unimos uma série de informações importantes sobre os transtornos alimentares. Acompanhe e já compartilhe com um amigo!

Transtorno alimentar o que é? O que é transtorno alimentar

Um transtorno alimentar associa-se diretamente com fatores físicos, psicológicos e sociais, e podem ser marcados por uma alteração na maneira que o indivíduo costuma se alimentar e controlar o seu próprio peso.

Costumamos ver casos de transtorno alimentar com mais incidência no sexo feminino, uma vez que as pressões por padrões de beleza inatingíveis recaem mais sobre as mulheres. Assim, estas se abdicam de uma alimentação saudável, investindo em jejuns perigosos, provocando o vômito ou apostando em uma dieta de baixíssima caloria.

Porém, é importante destacar que a obesidade e a alimentação compulsiva também são caracterizadas transtornos alimentares.

Ou seja, apesar de no imaginário comum associar a busca exagerada pelo emagrecimento como um transtorno alimentar, as questões de ingestão alimentar em excesso também entram nesta mesma categoria de transtorno.

Sintomas de transtorno alimentar – Sinais de transtorno alimentar

Cada indivíduo pode apresentar sintomas em intensidades e frequências distintas, no entanto, podemos listar algumas:

Sinais de transtorno alimentar relacionado à redução de ingestão calórica

  • Diminuição do peso sem causa aparente.
  • Repulsa à alimentação.
  • Preocupação excessiva com o peso.
  • Discurso que aponta que sempre está “gordo” demais.
  • Episódios constantes de vômitos.
  • Jejuns prolongados e sem acompanhamento profissional qualificado.
  • Restrição alimentar auto imposta.
  • Sintomas de desnutrição e anemia.
  • Desmaios e crises de hipotensão por ausência de alimentação.
  • Baixa imunidade devido à ausência de nutrição.
  • Investimento em chás pseudo emagrecedores. 
  • Consumo exagerado de remédios para emagrecer, sem prescrição médica.
  • Isolamento social.
  • Negação quando convidado a participar de algum evento no qual há alimento.
  • Perda de apetite sexual.

Sintomas de transtorno alimentar associados ao aumento de ingestão calórica

  • Aumento de peso constante e intenso.
  • Compulsão na hora de se alimentar.
  • Preferência por alimentos industrializados e que não possuem tantos nutrientes.
  • Dores corporais, devido ao excesso de peso.
  • Dificuldades para respirar.
  • Gordura corporal extremamente acima do que é considerado normal.
  • Fadiga excessiva.
  • Ingestão de alimentos acima do que é necessário.
  • Sedentarismo.

O que pode causar um transtorno alimentar?

Os transtornos alimentares são multifatoriais. Isso significa que as causas do problema podem ser bem diversas, e se alteram de indivíduo para indivíduo.

Como mencionamos no começo deste conteúdo, os transtornos alimentares estão associados a questões psicológicas, sociais, emocionais e físicas. Assim, uma série de fatores podem impactar no desenvolvimento do problema. Abaixo listamos algumas das potenciais causas.

  • Problemas emocionais.
  • Autoestima baixa.
  • Familiares com transtornos alimentares.
  • História de obsessão com a beleza e culto ao corpo.
  • Imposições sociais e contextuais.
  • Necessidade de aceitação
  • Influência dos padrões de estética.
  • Questões de saúde física (predisposição genética para engordar, por exemplo).
  • Ansiedade.
  • Depressão.

É importante lembrar que cada indivíduo pode ter os seus próprios estopins, podemos assim dizer. Isso porque cada um possui uma história e suas próprias singularidades.

Tipos de transtorno alimentares

Existem diversos tipos de transtornos alimentares que podemos citar. Conheça os principais e saiba mais sobre eles:

Transtorno alimentar restritivo evitativo

Este tipo de transtorno alimentar, também chamado de “TARE” ou Transtorno alimentar seletivo, caracteriza-se como casos nos quais o indivíduo se recusa a se alimentar de determinados grupos de alimentos por ter repulsa à cor, ao cheiro, textura, etc.

Costuma ser mais frequente na infância, que é o momento no qual os indivíduos tendem a recusar o consumo de saladas, por exemplo.

Transtorno alimentar noturno

A Síndrome do Comer Noturno (SCN) pode ser caracterizada como uma desregulação do relógio biológico do indivíduo (cientificamente chamado de ritmo circadiano), que faz com que o sujeito tenha fome durante à noite e falta de apetite durante o período matinal. 

Esse transtorno pode provocar o aumento de peso e o consumo de alimentos nocivos para a saúde, tendo em vista que o indivíduo consumirá o que tem mais fácil na geladeira/armário, e dificilmente irá cozinhar durante à noite.

Transtorno alimentar infantil

O transtorno alimentar infantil pode ser entendido como um quadro no qual a criança se recusa a consumir alimentos diversos, seja por distúrbios orgânicos ou fobias alimentares, por exemplo. Um dos principais sinais desse transtorno é a recusa de alimentos considerados atraentes para os pequenos, como os doces.

Anorexia

A anorexia é um dos transtornos alimentares mais conhecidos. Caracteriza-se como a recusa à alimentação, com o intuito de perder peso corporal. 

No entanto, o indivíduo já está muito abaixo do peso ideal, porém, ainda se enxerga como “gordo” e acaba por deixar de se alimentar, levando o organismo à desnutrição. O corte de calorias é cada vez maior, à medida que o indivíduo se abstém de determinados alimentos.

Bulimia

Na bulimia ocorrem dois momentos: 

  1. O indivíduo consome grandes quantidades de alimentos, de maneira exagerada.
  2. O indivíduo se arrepende do excesso, e acaba provocando o próprio vômito para não engordar e para compensar o consumo exagerado.

Além do vômito, o bulímico pode também ingerir laxantes para eliminar as calorias consumidas o quanto antes. Outra saída para lidar com a culpa, neste caso, é o investimento em exercícios físicos intensos e que levam à exaustão.

Compulsão alimentar 

Devido a questões emocionais e psicológicas, o indivíduo pode ter crises de “gulodice”, ingerindo de 5 a 15 mil calorias em poucos instantes. Vale ressaltar que um adulto saudável necessita de cerca de 2 mil calorias por dia para manter o corpo em bom funcionamento.

No caso da compulsão, embora a ingestão seja exagerada, nada é feito para reverter a situação, e por isso o paciente pode desenvolver problemas cardíacos, hipertensão, obesidade, etc.

Transtorno alimentar PICA

Este transtorno alimentar caracteriza-se pela ingestão de diversos itens, objetos e materiais, apenas por ingerir. Ou seja, o indivíduo apenas tem a compulsão de comer objetos e itens que não são alimentos, como moedas, terra, pedras, etc.

Transtorno de Ortorexia 

Este transtorno está relacionado com a preocupação excessiva de manter uma alimentação saudável. Isto é, o indivíduo tem uma obsessão por alimentos saudáveis e em hipótese alguma acha viável consumir uma pizza ou algo mais gorduroso/industrializado, por exemplo.

Drunkorexia 

A Drunkorexia caracteriza-se como um transtorno relacionado com a substituição dos alimentos pela bebida alcoólica. Ou seja, para reduzir o consumo de calorias, porém, beber, o indivíduo deixa de se alimentar e consome apenas a bebida, podendo desenvolver, inclusive, a dependência química.

Transtornos alimentares na adolescência

Na adolescência, os transtornos alimentares podem aparecer devido a uma série de fatores emocionais e comportamentais.

Nesta fase da vida o indivíduo está desenvolvendo o seu corpo e a sua autoestima, e muitas vezes o bullying e os padrões sociais podem levar o adolescente a desenvolver um transtorno alimentar.

Por isso, a conscientização sobre o assunto e o apoio da família são tão importantes.

Transtorno alimentar e ansiedade

A ansiedade também pode levar o indivíduo a desenvolver um dos transtornos alimentares. Isso porque algumas pessoas, quando ansiosas, podem ter episódios de compulsão alimentar, como se a comida fosse um verdadeiro escape para a sensação de angústia, por exemplo.

Nesses casos, a psicoterapia é indispensável para que o sujeito lide melhor com a situação e encontre formas de catalizar a ansiedade, ao invés de escorregar tudo para a alimentação.

CID transtorno alimentar

Classificação dos transtornos alimentares segundo o CID:

  • CID 10 – F50: Transtornos da alimentação;
  • CID 10 – F50.0: Anorexia nervosa;
  • CID 10 – F50.1: Anorexia nervosa atípica;
  • CID 10 – F50.2: Bulimia nervosa;
  • CID 10 – F50.3: Bulimia nervosa atípica;
  • CID 10 – F50.4: Hiperfagia associada a outros distúrbios psicológicos;
  • CID 10 – F50.5: Vômitos associados a outros distúrbios psicológicos;
  • CID 10 – F50.8: Outros transtornos da alimentação;
  • CID 10 – F50.9: Transtorno de alimentação não especificado.

Filmes sobre transtornos alimentares

Veja alguns filmes sobre transtornos alimentares para você refletir sobre o assunto:

  • O Mínimo para Viver (2017);
  • Dying to Dance (2001);
  • Corpo Perfeito (1997).

Como ajudar alguém com transtorno alimentar?

Demonstrar apoio, sem julgar e apontar, é muito importante para ajudar uma pessoa com transtorno alimentar.

Além disso, em casos mais graves é possível recorrer a internação involuntária, tendo em vista que o indivíduo pode estar colocando a sua saúde e bem-estar em risco. Afinal, o sujeito pode estar consumindo alimentos de maneira exagerada, bem como pode iniciar o processo de desnutrição por abdicar da alimentação.

Para os casos de internação, entre em contato com a Interhelp Internação para que possamos lhe ajudar a encontrar a melhor clínica para a pessoa querida.

Lembre-se também de incentivar hábitos saudáveis e cuidados com a saúde, e esteja ao lado do indivíduo durante o processo de diagnóstico e tratamento.

Você também pode buscar aprender um pouco mais sobre as condições da pessoa, a fim de ajudá-la de uma maneira que verdadeiramente faça sentido.

Obesidade é um transtorno alimentar?

Sim. Assim como os transtornos de restrição alimentar são considerados, de fato, questões de saúde mental, a obesidade também.

Como lidar com o transtorno alimentar?

O transtorno alimentar tem tratamento, por isso, busque ajuda de um profissional para lidar com as questões relacionadas a este quadro. Veja algumas considerações que podem lhe ajudar nesse sentido:

  • Fale com alguém sobre o assunto, abrir-se pode lhe ajudar a lidar melhor com a situação.
  • Procure a psicoterapia.
  • Pesquise opções de tratamento para o seu caso e invista nisso.
  • Procure clínicas especializadas e parta para a ação de lidar com a situação.
  • Participe de grupos de apoio específicos para casos de transtornos alimentares.

Você não precisa atravessar isso sozinho. Buscar apoio é muito importante. Conte com a Interhelp Internação para isso!

Fatores de risco transtornos alimentares

Os fatores de risco envolvem principalmente pessoas jovens. Além disso, adolescentes, meninas e mulheres também têm mais propensão a desenvolver o problema, devido às imposições sociais e os padrões de beleza.

Pessoas que já presenciaram familiares com compulsão alimentar também podem sofrer com um tipo de transtorno neste sentido.

Qual o risco da compulsão alimentar para a saúde física e mental?

Pessoas que consomem alimentos de forma compulsiva e sem nenhum tipo de cuidado podem desenvolver problemas cardiovasculares e hipertensão arterial. Além disso, a autoestima pode ficar afetada e muitos outros problemas de saúde podem aparecer (como problemas nas articulações, por exemplo).

Já no caso dos transtornos associados à restrição alimentar, o sujeito pode desenvolver desnutrição, alterações hormonais, diminuição da imunidade e aumento de riscos de infecções e doenças, etc. Nesse caso, pode acontecer o isolamento social, impactando no bem-estar e na saúde mental do sujeito.

Conclusão sobre transtorno alimentar

Existem diversos tipos de transtornos alimentares, e devemos estar atentos aos sinais de cada um deles. Assim, é possível buscar a ajuda adequada para lidar com a situação.

Lembre-se ainda de que a busca por clínicas especializadas no assunto é muito importante, especialmente em casos nos quais o indivíduo necessita de internação involuntária ou compulsória.

Para saber mais sobre as clínicas disponíveis na sua região, entre em contato com a Interhelp Internação. Nossa equipe de especialistas está à disposição para tirar todas as suas dúvidas e lhe ajudar a encontrar a melhor clínica para tratamento de transtorno alimentar. Conte conosco!

Referências

Já ouviu falar em Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE)? Disponível em: <https://abeso.org.br/ja-ouviu-falar-em-transtorno-alimentar-restritivo-evitativo-tare/> Acesso em 03 fev. 2022

Síndrome do comer noturno: o que é e dicas para lidar com o problema. Disponível em <https://www.uol.com.br/vivabem/colunas/paola-machado/2021/01/07/sindrome-do-comer-noturno-o-que-e-e-dicas-gerais.htm> Acesso em 03 fev. 2022

Transtorno alimentar infantil existe! Saiba como tratá-lo. Disponível em: <https://www.conquistesuavida.com.br/noticia/transtorno-alimentar-infantil-existe-saiba-como-trata-lo_a12487/1> Acesso em 03 fev. 2022

Os 12 principais tipos de transtorno alimentar, de anorexia a compulsão. Disponível em: <https://saude.abril.com.br/alimentacao/principais-tipos-transtorno-alimentar/> Acesso em 03 fev. 2022

CID-10 MedicinaNet. Disponível em: <https://www.medicinanet.com.br/cid10/1543/f50_transtornos_da_alimentacao.htm> Acesso em 03 fev. 2022

How to Get Help for an Eating Disorder. Disponível em: <https://pacifichealthsystems.com/blog/how-to-get-help-for-an-eating-disorder/> Acesso em 03 fev. 2022

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