Públicado em: 13 de março de 2023
Última Atualização em: 13 de março de 2023
Você sabe o que é o Mal de Alzheimer? Quer compreender melhor essa doença? Então não deixe de conferir este guia completo que desenvolvemos com o propósito de oferecer a você informações sobre o que é, quais os sintomas, como prevenir e como tratar o Mal de Alzheimer. Acompanhe!
Veja mais: Como prevenir depressão? Saiba mais aqui!
O que é o Mal de Alzheimer?
O Mal de Alzheimer pode ser descrito como uma doença neurodegenerativa na qual ocorrem atrofias e degenerações cerebrais que desencadeiam problemas relacionados à memória, cognição, fala, atenção, etc. O indivíduo começa a sofrer impactos em sua funcionalidade, como no caso de pessoas que passam a ter comportamentos desadaptativos, dificuldades para fazer coisas simples, como tomar banho, e impactos no processo de aprendizagem de coisas novas, entre outros efeitos.
Neste tipo de enfermidade, as conexões neurais e os próprios neurônios se degeneram, “morrendo”. Isto é, os neurônios, que são responsáveis pelas nossas ações, memórias, conhecimentos, tomadas de decisão, etc., começam a se deteriorar por conta da enfermidade, resultando em problemas cognitivos severos e progressivos.
Quais os sintomas do Mal de Alzheimer?
Basicamente, os sintomas de Alzheimer envolve fatores cognitivos do sujeito, como memorização, aprendizagem, raciocínio, entre outros. A seguir, descrevemos alguns dos principais sintomas para que você possa conhecê-los um pouco mais:
- Prejuízos cognitivos que começam a progredir com o passar do tempo. É o caso de começar a se esquecer das coisas com frequência, ter momentos de diálogo confuso, entre outros sinais cognitivos nesse sentido.
- Declínio no processo de aprendizagem.
- Dificuldades para resolver problemas, inclusive aqueles que poderiam ter sido resolvidos facilmente em outro momento da vida do indivíduo.
- Perda global das atividades cognitivas.
- Falhas no julgamento.
- Dificuldades para manter atenção e concentração em atividades diversas.
- Desorientação relacionada ao contexto, como ao tempo e ao espaço no qual a pessoa está inserida.
Veja mais: Como prevenir o Alzheimer? Veja algumas dicas práticas
Como prevenir o Mal de Alzheimer?
Existem algumas ações que as pessoas podem colocar em prática com o propósito de prevenir o Mal de Alzheimer. Essas ações são relativamente simples, mas exigem dedicação na hora de implementar na rotina. Afinal, é necessário manter uma consistência nos hábitos saudáveis, para que, realmente, eles possam contribuir para a nossa saúde no longo prazo também. Veja algumas medidas:
- Manter uma alimentação saudável: Uma alimentação saudável, rica em vitaminas do Complexo B, C e E, é indispensável para proteger a saúde cerebral. Sendo assim, manter uma ingestão de alimentos saudáveis que supram essas necessidades é de suma importância para prevenir um quadro de demência.
- Dormir bem: Cuidar da qualidade do sono é outro ponto que pode minimizar as chances de desenvolver Alzheimer. Isso porque, o sono ajuda a regular as funções cerebrais e garante uma maior organização da nossa memória. Por isso, ter rotina de sono é imprescindível.
- Praticar exercícios: A prática de exercícios fornece diversos benefícios para a saúde. Dentre eles, está a ativação do cérebro, com uma maior entrega de nutrientes e oxigenação para ele. Logo, é uma das maneiras de prevenir casos de demência.
- Cuidar da saúde mental: Evitar altos níveis de estresse e ansiedade também protege a saúde do cérebro. Por isso, manter uma rotina mais equilibrada e buscar ajuda psicológica quando necessário é um bom caminho.
- Manter a mente ativa: Estimule o seu cérebro para que ele se mantenha ativo e saudável. Para isso, leia mais, aprenda coisas novas, treine novas habilidades, etc.
Como é o tratamento do Mal de Alzheimer?
O Mal de Alzheimer é uma doença que, até então, não tem cura. Em contrapartida, existem muitos tratamentos que já estão sendo colocado em prática para minimizar o avanço da doença e aumentar a qualidade de vida das pessoas com o diagnóstico.
O ideal é procurar um médico neurologista para que ele possa avaliar a situação e prescrever medicamentos adequados para o caso do paciente. Esses medicamentos podem ser diferentes em dosagem, por exemplo, de uma pessoa para a outra, pois cada caso é único.
Assim, durante o tratamento medicamentoso, o efeito progressivo da degeneração pode ser retardado e minimizado, promovendo uma vida de maior qualidade para a pessoa com a enfermidade.
Além disso, é possível que, em casos mais avançados, por exemplo, o médico prescreva a necessidade de internação. Isso porque, a pessoa com Mal de Alzheimer pode necessitar de um acompanhamento médico mais próximo, para lidar com os desafios do diagnóstico. Outro fator envolvido com a necessidade de internação é a dificuldade que a família pode ter de lidar com o quadro, pois a pessoa com doença neurodegenerativa pode, em alguns casos, ser difícil de lidar – devido os impactos na memória, por exemplo.
Assim, contar com a ajuda de uma clínica de internação, especialista no assunto, pode ser um bom caminho nesses casos. Na clínica, o indivíduo pode receber tratamentos relacionados com:
- Musicoterapia: Consiste em utilizar a música como meio terapêutico para estimular o cérebro do paciente e promover momentos de relaxamento e bem-estar.
- Terapia Ocupacional: Terapia voltada ao estímulo da autonomia, na qual o indivíduo com Alzheimer receberá estímulos para minimizar a perda da sua capacidade de se vestir, comer, tomar banho, etc.
- Fisioterapia: Consiste em uma terapia voltada à mobilidade e autonomia do indivíduo.
- Psicoterapia: Foca nas questões emocionais e existenciais que a pessoa pode apresentar diante do diagnóstico e tratamento.
- Medicamentos: Oferece um retardo para o avanço do problema.
Veja mais: Alzheimer é genético? A influência genética na doença de Alzheimer
Conclusão
O Mal de Alzheimer é uma enfermidade que ocasiona a degeneração das células cerebrais, porém, possui tratamento para minimizar esse desgaste e assim aumentar a qualidade de vida do indivíduo.
Requer intervenção médica e psicológica para que sejam seguidos os critérios científicos de prevenção da piora do quadro. Por isso, em alguns casos, a internação em clínicas pode ser necessária, já que, lá, o indivíduo terá atendimento multidisciplinar 24 horas por dia.
Buscar ajuda profissional, nesses casos, fomenta mais qualidade de vida e saúde, uma vez que, embora a doença não tenha cura, ela possui muitos tratamentos que já vêm sendo postos em prática.
Referências
COSTA, A. F. et al. Doença de Alzheimer. Protocolos Clınicos e Diretrizes Terapêuticas: Medicamentos Excepcionais. Brasılia: Ministério da Saúde, p. 167-180, 2002.
Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
Psicóloga (CRP12/17354), pós-graduada em Psicologia Puerperal. Em paralelo a isso, cursa Letras – Português. Atua como psicoeducadora e redatora na Interhelp Internação. Psicanalista em formação, é apaixonada por tudo que envolve saúde mental, desenvolvimento humano, linguagem e bem-estar.